Trajetória do Autor






TRAJETÓRIA DO AUTOR

de adepto religioso a pesquisador crítico











Apesar destas postagens tratarem do estudo crítico da religião, não foi desde esta perspectiva que iniciei meu interesse pelos estudos religiosos. Diferentemente, fui atraído pela mística oriental no início dos anos 1970, cuja onda levava muitos jovens, pois pensávamos na ocasião que o Cristianismo de nossos pais era uma religião moribunda. Como a maioria dos jovens daquela época, meu interesse era pelo lado prático, então logo comecei praticando Hatha Yoga até, logo em seguida, encontrar uma instituição onde se praticava Raja Yoga . Uma vez que meu interesse era mais pelo desenvolvimento interno do que o aperfeiçoamento físico, me firmei nesta instituição por muitos anos.
Graças ao espírito de tolerância e abertura desta instituição, fui levado pela curiosidade de conhecer e estudar outras tradições, bem como os Novos Movimentos Religiosos, sobretudo a Teosofia. Meu interesse pelo aprofundamento era tão grande que, no final do ano de 1983, embarquei numa viagem para a Índia, com o objetivo, dentre outros, de conhecer de perto aquele lugar, sobre o qual tanto lia, e iniciar o estudo da língua sânscrita. Meus conhecimentos aumentaram ao ponto de me levarem a ministrar palestras, cursos, mini-cursos e aulas especiais, nos anos que sucederam ao meu retorno, como também continuei a conduzir práticas ritualísticas e de meditação para novatos. Em 1997, ministrei um curso de extensão universitária sobre o Pensamento Oriental na Universidade Federal de Uberlândia, com duração de oito meses.  Nesta época também, escrevi artigos para jornais e revistas populares sobre misticismo e religiões orientais, bem como dei entrevistas e participei de debates na Radio Universitária da Universidade Federal de Uberlândia. Esta fase, que corresponde até o final dos anos 1990, é a minha fase de adepto e de praticante do misticismo oriental, cujo período atualmente pode ser denominado de deferente ou pré-crítico. O fechamento desta fase foi marcado pela realização de um Ciclo de Palestras, de 05/10/1999 a 10/03/2000, na Oficina Cultural, promovido pela Secrataria Municipal de Cultura de Uberlândia. De modo que minha trajetória está dividida em três fases de amadurecimento: a fase deferente ou pré-crítica, a fase de transição ou semi-crítica e, finalmente, a fase não deferente ou crítica.
Depois, veio a fase de transição, do início dos anos 2000 até 2007, a qual foi marcada pelo meu envolvimento com o meio acadêmico, esta foi uma fase rica em escritos, os quais foram publicados em revistas acadêmicas. O início desta fase foi marcado pela realização de uma comunicação, "Uma Apresentação da Filosofia Indiana", por ocasião do VIII Semana de Filosofia, promovida pelo Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia, de 27 a 30 de Novembro de 2000. A propósito, os artigos “O Início da Reflexão do Conhecimento Sobre Si Mesmo na Índia Antiga”, publicado na revista Educação & Filosofia-UFU  em 2004 e “A Problemática da Tradução dos Upanixades”, publicado na Revista de Estudos Orientais-USP em 2006, agora disponibilizados na minha página de publicações na rede social ResearchGate, foram escritos nesta fase. Também, nesta época realizei as minhas primeiras traduções críticas do Sânscrito para o português: a do Katha Upanishad e a do Ishavasya Upanishad, ambas ainda sem publicação. Em Abril de 2003, ministrei uma aula especial "O Indo-europeu e a Origem  das Principais Línguas Ocidentais", para os alunos do Curso de Letras da UFU. Nesta época, escrevi também algumas resenhas que foram publicadas na revista Educação & Filosofia do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia.
Em 2007, inicia-se a minha fase crítica, que é marcada pelo início da composição do meu primeiro livro, “Um Olhar Crítico Sobre a Religião”, ainda em preparação. Neste período ministrei também aulas especiais e palestras.  Neste período, foi destaque a palestra realizada no Primeiro Encontro de Filosofia e Religião na Universidade Federal de Uberlândia, em Dezembro de 2008, quando falei sobre a visão crítica do Hinduísmo e do Budismo. De lá para cá, em virtude da minha perspectiva crítica da religião, deminuiu drasticamente o número de convites para palestras e cursos, por conta da maior rejeição pela abordagem crítica da religião por um grande número de pessoas. Então, passei a me decidar mais ao meu livro, também, mais recentemente, a disponibilizar meus escritos na rede social ResearchGate e, agora, desenvolver meu blog, onde meus trabalhos poderão ser postados com liberdade.
Portanto, o objetivo destas postagens é publicar artigos sobre o estudo científico e crítico da religião, com base em uma longa experiência de pesquisa, de prática e de convívio no meio religioso. 




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