Octavio da Cunha Botelho
O papa Francisco escolhido como a Personalidade do Ano, pelo critério de escolha da revista, até Osama Bin Laden mereceria a homenagem. |
Ontem foi divulgada a notícia da escolha do
papa Francisco como a Personalidade do Ano pela revista Time. Esta homenagem é
concedida desde o ano de 1927 por esta prestigiada publicação norte americana. A
justificativa para esta escolha foi que ele “mudou o tom, a percepção e o foco
de uma das maiores instituições do mundo de forma extraordinária”, disse a
revista.
Bem, para uma ideia do tanto que as escolhas
dos candidatos para esta homenagem são polêmicas, veja em seguida quem foram os
seus concorrentes. O segundo lugar ficou com Edward Snowden, aquele personagem
controvertido que revelou o programa secreto de espionagem do governo norte
americano. Outros candidatos na disputa foram Bashar Assad, o ditador da Síria
que levou o seu país a um banho de sangue, Hassan Rouhani, o presidente do país
que tem um regime religioso, a República Islâmica do Irã, e a cantora Miley
Cyrus.
Agora, o mais curioso é o mérito desta
homenagem, uma vez que, se for verdadeiro o critério utilizado para avaliar os
candidatos, tal como noticiado pelo jornal O Globo Online, desta Quarta Feira,
11/12/13, “o papa foi escolhido pela prestigiada publicação americana como a
pessoa que exerceu mais impacto sobre o mundo, para o bem ou para o mal,
durante 2013”. Ora, se o critério de avaliação é o “impacto exercido no mundo, para
o bem ou para o mal”, então o homenageado como a personalidade do ano de
2001, indubitavelmente, não poderia ser outra pessoa do que Osama Bin Laden.
Afinal, qual o objetivo, bem como, mais significativamente, qual o mérito, desta homenagem, a qual pode ser concedida até para aqueles que fazem o mal?
Afinal, qual o objetivo, bem como, mais significativamente, qual o mérito, desta homenagem, a qual pode ser concedida até para aqueles que fazem o mal?
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